quarta-feira, 12 de maio de 2010

AS NOVAS CIP E O SEU PAPEL COMO UM CAMINHO PARA A PAZ

A Assembleia Nacional CIP 2010 tinha a missão de explicar o passado, compreender o futuro e assinalar a mudança.
Logo nos primeiros instantes conseguiram-se 7000 Euros da CIP Portugal Cabo Verde para apoiar a Associação Saúde em Português – o Dr. Hernâni Caniço foi um dos brilhantes oradores -, a instalar a Telemedicina neste arquipélago, ligada à Universidade de Coimbra. O que significa um avanço dos mais notáveis para a saúde daquela região.
O empenho na transformação positiva das mentalidades carece sempre de causas, de uma ou mais bandeiras. A Paz e o entendimento entre as Nações e entre as pessoas tem de passar de conceito a realidade operacional onde tal ainda não é perceptível, operação que carece de bandeiras e de atributos: vontade, motivação, ideias, ritmo, actualização, sentido proactivo, divulgação.
O salto exponencial das novas CIP no mundo nos últimos anos é notável, resultado devido a três factores: executivo mundial; intervenção pessoal - graças aos presidentes do executivo José Carlos Estorninho e Serge Gouteyron, as CIP passaram a estar presentes nos Institutos Rotários e na Convenção anual de RI -,e aos novos sentidos para a paz, a convicção muito recente de todos podermos e devermos contribuir para a paz.
Nos países emergentes em Rotary, nos Asiáticos, Africanos e da América do Sul, agigantou-se a consciência de a sociedade civil influente ser um parceiro forte para a emancipação no sentido da paz (vivida, mais que abstracção). Nos EUA o trauma da guerra no Iraque ganhou uma inusitada dimensão transversal entre os cidadãos e os Rotários em particular, até há pouco impensável.
Em vários dos países pioneiros das CIP (Portugal, Espanha, Inglaterra e mesmo a França) a minoração do interesse das bandeiras clássicas foi-se instalando, com o cortejo da inércia, desinteresse – a todos os níveis -, não renovação, falta de ideias motivadoras. Disto se queixa a maioria dos responsáveis CIP nestes países, apesar de neles continuar a existir trabalho CIP qualificado, designadamente entre nós, tanto ou mais que no passado.
Na Convenção de 1913 em Nova Iorque Paul Harris deu mais uma chave para a vida, «ser um bom Rotário hoje requer mais do que ontem; e irá requerer mais ainda amanhã».
Que fazer então? Promover a nova filosofia CIP, a emergir dos últimos conclaves mundiais, a de «Um Caminho para a Paz». Estimular a consciência CIP nos PETS, Assembleias e Conferências Distritais. Promover a renovação dos quadros CIP, caldeando a experiência e vontade de quem está com as ideias e vontade de quem chega. Das 14 CIP existentes actualmente em Portugal, 7 das mais antigas foram renovadas amplamente nos seus directores para 2010-13. A CIP com Grã-Bretanha e Irlanda foi reactivada. Criaram-se oito novas CIP. Até final deste ano Rotário todas as 22 CIP, existentes formalmente ou em formação, terão os seus parceiros assegurados em ambos os países. Em 2010-11 surgirão outras CIP, nomeadamente na área do Mediterrâneo (Programas «Paz no Mediterrâneo» e «Reach Out to Africa»), valorando o relacionamento internacional do rotarismo português em vésperas de Convenção.
Depois há que pôr em dia os objectivos internos e para o mundo, a participação em rede mundial para acudir aos grandes problemas, etc. Alguém demonstrou nesta Assembleia que, no imediato, as CIP portuguesas com seus parceiros, podiam alfabetizar 1, 2 milhões de pessoas em África pelo método CLE, ao mais baixo custo. Afinal isto pode ser um instrumento ágil e fortíssimo.
Henrique Pinto
(Coordenador Nacional CIP)
FOTO: Peter Hinz e Gisela Farias (CIP RIBI), Henrique Pinto (Coordenador Nacional CIP), Juan Diaz (CIP Venezuela), Raymond Parfait (CIP Belux) e Uschi Khunn (CIP Alemanha), ao almoço no Rotary Club de Almancil

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